29 de julho de 2013

Actividade onírica e Sonhos do Mês


Sou uma pessoa que sonha muito. Sonhos a dormir. Também durmo muito, o que parecendo que não tem a sua influência :P
Nunca liguei muita importância aos sonhos, afinal valem o que valem, é apenas a minha mente livre de condicionamentos e censuras a vomitar tudo e a tentar que tenha um sentido. Sonho a cores, normalmente vários sonhos por noite, é muito raro não me lembrar dos sonhos que tive e é muito raro também ter pesadelos. Bem como sonhos bons - os meus sonhos normalmente são intermédios, sem nada de especial, com coisas banais da minha vida ou, muito frequentemente, com pessoas desconhecidas e aspectos surrealistas.
Sonhos com monstros, fadas, e outras personagens sobrenaturais: acho que nunca tive. Nem quando era pequena. Nem com o Doraemon!
Uma vez falara-me do treino para se passar a ter "sonhos lúcidos". Ou seja, treinarmo-nos para, durante o sonho, repararmos que estamos a sonhar e conseguirmos modificar o sonho, ou acordar. Acho que é capaz de ser benéfico para quem tenha pesadelos recorrentes, ou pesadelos persistentes, mas para as pessoas normais não vejo benefícios. Quando sonho acho sempre que essa é a vida real, por mais estranho que o sonho esteja a ser e por mais bizarro que estejam os acontecimentos, e gosto que isso seja assim. Não teria graça nenhuma se fosse de outra maneira!
Eu e a minha irmã costumamos contar os sonhos bizarros e/ou engraçados uma à outra. E esta noite, e a outra, tive sonhos muito bizarros:

Não, não foi que estava nua.
Acho que nunca tive um sonho desses, apesar de ser um sonho relativamente comum!
O de há duas noites foi com um rapaz que evidenciava ter ascendência africana (posso dizer simplesmente preto, que é o termo que costumo usar e sem nenhum sentido pejorativo, a não ser quando digo mal de algum preto especifico, mas nessas alturas uso adjetivos muito mais pujantes que os referentes à cor da pele!). Era sem duvida o preto mais giro que alguma vez vi! Basicamente, o sonho era só isso. O preto de um lado para o outro, eu e o preto na marmelada. Mas nada hardcore, foi um sonho até muito inocente! Fim. --> Li nalgum lado que nunca sonhamos com rostos desconhecidos, por isso quero acreditar que anda por aí um preto sexy à minha espera. Vou ficar mais atenta no comboio!. 
O da noite passada foi com bebés. Bebés recém-nascidos, que não me deixavam dormir. Não paravam de chorar. E eu sem saber o que fazer aos bebés, e tinha tanto sono... E ainda por cima, tinham os berços no "quarto dos brinquedos", tão longe, e eu a pensar porque raio não enfiei os putos numa alcova no meu quarto, que seria muito mas prático. Acordei estafada.

Então lembrei-me: porque não assentar os meus sonhos durante um mês? Daqui a uns tempos (dois dias, no máximo) esquecê-los-ia para todo o sempre e parece ser uma coisa gira de se fazer, para pessoas meio loucas (como eu!) mais tarde recordarem. Podia dizer que tinha a ver com psicologia e tal, e que queria verificar qualquer coisa super interessante e obscura, uma estereotipo qualquer psicologico, mas seria mentira. Vai ser só, e somente, para me divertir.


Então, a partir de hoje, vai haver também um separador com o tema "Sonhos do Mês". Convido toda a gente a partilhar também sonhos interessantes, e durante este mês, haver aqui uma espécie de "tertúlia dos sonhos". A maioria de nós deve estar de férias, tem mais tempo para dormir e, portanto, mais sonhos terá!




18 de julho de 2013

Milk


Todos já sabem o quanto odeio ver filmes no computador, e a pena que tenho de não ter um leitor de DVD ou uma TV com entrada USB para puder ver filmes na televisão. Dêem-me pipocas, um sofá, uma tv e um filme interessante (e, de preferência, uma companhia pouco faladora, que odeio conversas a meio dos filmes!) e sou uma mulher feliz.
Como aderimos àquilo da fibra da zon ou lá o que é (o que significa para mim: posso ver coisas de até uma semana atrás) posso simplesmente refastelar-me no sofá e escolher um filme de jeito que tenha dado no Hollywood ou na Fox Movies durante a ultima semana. O que, sejamos sinceros, não é muito fácil, aquilo às vezes parece o desfile dos tristes...
E assim, esta semana já vi o Milk e o Ensaio sobre a Cegueira (também vi os Amigos Improváveis, mas porque havia uma promoção em que dava para inserir um código e podíamos alugar um filme gratuitamente). O primeiro foi o Milk.

Aqui está um trailer como eu gosto: curto e sem revelar demasiado sobre o filme!

Confesso que nesse dia nem estava muito para aí virada, queria era um pretexto para comer pipocas XD Por isso, foi a minha irmã a escolher o filme, disse que já tinha visto umas partes e que parecia interessante. E ainda bem, porque as pipocas queimaram-se, mas o filme valeu a pena! 

Não ficaram assim, mas pouco faltou!
Até o filme começar, pensava que ia ser um filme de comédia, mas como começa com a morte da personagem principal (não estou a ser spoiler, está logo ao inicio e além do mais está a história do homem na wikipédia) vi logo que não ia ser bem assim. 
Mas vamos ao filme: basicamente, é a história de Harvey Milk, um ativista dos anos 70 pelos direitos dos homossexuais e eleito supervisor da cidade de S. Francisco (o primeiro homem homossexual a ser eleito a um cargo público na Califórnia, segundo a wikipédia).  A trama desenrola-se no relato do próprio Milk, que decide gravar a sua história numa cassete para o caso de ser assassinado (o que acontece). Aos 40 anos, Milk muda-se com o companheiro Scott para a Rua Castro (que tinha uma grande concentração de homossexuais, vindos de vários pontos do país), em S. Francisco, onde abrem uma loja de fotografia. 

James Franco, giro e sexy, que faz de Scott Smith, o companheiro de Milk. Digam lá se não é para nos torturar! 
Milk tinha como objetivo os iguais direitos das minorias sociais e marginalizados pela sociedade (não apenas homossexuais, mas também negros e mulheres) e a história do filme é a história do movimento gay, iniciado por ele (principalmente contra as campanhas de Anita Bryant e John Briggs)
Entretanto pesquisei mais umas coisas na internet e a realidade ainda foi pior que no filme, há coisas que quase custa a crer que aconteceram nos Estados Unidos e já nos anos 70 (!). Faz-nos pensar que, apesar do quanto ainda falta fazer no campo dos direitos dos homossexuais, ao menos os professores já não são impedidos de ensinar nem as pessoas são presas ou mortas pela policia. Foi uma grande evolução para tão pouco tempo, é de notar. Em Portugal, ainda não podem adoptar (a co-adopção não conta, é apenas uma cantiga para se ir enrolando este assunto, "ó para nós que ainda não fizemos nada mas que parece que já fizemos alguma coisa") mas ao menos já podem dormir relativamente descansados.

Anita Bryant, a brilhar na sua campanha "Save our children". Hunf. Ainda por cima chamava-se Anita ! Segundo algures na net, foi ela que proferiu frases profundíssimas  tais como "Se a homossexualidade fosse normal, Deus teria criado Adão e Ivo" 

Harvey Milk todo florido na vida real, Harvey Milk todo florido no filme
Agora a minha opinião: para quem se interesse pela história do movimento gay e deste género de temas (como eu!) vai gostar muito. Vale a pena pela parte do fim, pelas palavras finais de Milk (que não vou dizer aqui, é surpresa para quem quiser ver!). Mas quem não liga a importância a estes aspectos mais históricos, se calhar vai passar grande parte do filme a bocejar e é melhor ver outra coisa. Como o Ensaio sobre a Cegueira ou os Amigos Improváveis, de que falarei a seguir.

Harvey Milk il même, na sua campanha para supervisor de S. Francisco
E desse lado, quem já viu?

14 de julho de 2013

Façam-me rir, senhores, façam-me rir.




"Eu, por exemplo, só tenho por amigos aqueles que possuem senso de humor. Não importa serem ricos, pobres, doutos ou ignorantes. Interessa o espírito fantástico, o amora da pieutea, o espírito diligente e capaz do riso. O riso (...) é o que me liga seriamente às pessoas"
Agustina Bessa-Luis

Afinal não sou só eu.
Façam-me rir e já me conquistaram. Sou assim, fácil. Todos dizem que as mulheres são complicadas e exigentes, mas eu sou uma das muitas excepções. 
Uma rapariga que ri sem medo de estar a ser ridícula, de ter coisas nos dentes, de ter o riso "feio" ou "estridente", fica instantaneamente encantadora; um rapaz que ri à gargalhada sem ligar aos "menos, menos" dos amigos sobe em flecha nos pontos da minha escala de sexiness interior. 
Uma pessoa que não ria ou sequer sorria e passe o tempo todo com cara de posta de pescada não tem valor nenhum para mim. Pode ser interessantíssima, ter dado a volta ao mundo, gostar das mesmas coisas que eu, falar com fluência e desembaraço sobre coisas interessantíssimas que não vou querer passar tempo com ela. Prefiro que seja ignorante, chata e calada, mas que saiba apreciar uma boa piada e que seja capaz de fazer um comentário sarcástico sobre qualquer coisa banal e corriqueira. Ou que simplesmente sorria com sinceridade e frequentemente.

E pronto, lembrei-me disto porque esta semana fui à Primark e achei o rapaz que nos atendeu extremamente giro. Depois comentei com a minha irmã, olhei melhor e vi que se calhar não só não era nada de especial, como também seria considerado feio pela maioria das pessoas que conheço. A única particularidade que tinha era que sorria muito. 
Se comentasse isso com a maioria das minhas amigas fariam pouco de mim. A minha irmã, por ser gémea e um prolongamento de mim, concordou inteiramente!