28 de maio de 2010

Je suis moi parce que je suis moi

Isto 12º ano é outra coisa. E o 3º Período ainda é outra.
Os livros aconselhados são mais giros, os do programa também.

Em Francês, a obra integral que tivemos de ler é "Art", uma peça de teatro escrita por Yasmina Reza. Com apenas três personagens (Serge, Yvan e Marc) retrata a história de um homem que comprou uma obra estupidamente cara e completamente branca, com apenas umas listas transversais, também brancas (ou meio cinzentas, porque branco com branco é branco), e dos seus amigos, um que odeia o quadro manifestamente e outro mais lorpa, que para evitar conflitos nada contradiz.
No fim, já não é o quadro em questão que se discute, mas sim os gostos pessoais, a individualidade de cada um, o valor da amizade e a importância exagerada que damos a pequenas coisas e a pouca que damos a coisas que devíamos dar muita. Vale a pena ler, o francês é bastante simples, não sei se haverá traduções.

Mas não era da obra que queria falar, mas de uma frase de uma das falas, pela sua simplicidade e por ser extremamente verdade. Daquelas afirmações que podiam ter sido ditas à 1000 anos e que daqui a outros 1000 anos continuaria a ser actual:

"Si je suis moi parce que je suis moi, et si tu es toi parce que tu es toi, je suis moi e tu es toi. Au revant, si je suis moi parce que tu es toi et si tu es toi parce que je suis moi, je ne suis pas moi et tu n'es pas toi."

"Se eu sou eu porque eu sou eu, e se tu és tu porque tu és tu, eu sou eu e tu és tu. Pelo contrário, se eu sou eu porque tu és tu, e se tu és tu porque eu sou eu, eu não sou eu e tu não és tu"

Só por esta frase valeu a pena ter lido o livro.

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