12 de abril de 2011

Um problema de sapatos... ou porque é que cortam as estradas nas alturas mais críticas

Hoje foi um dia mítico e crítico em terras de Cacém e linha de Sintra em geral. Abriu o Forúm do não sei o quê, onde era o Feira Nova. Claro está que eu não fazia ideia, era a última das minhas preocupações, quero lá saber do Fórum. O que me preocupava hoje era o meu calçado primaverial, já não posso com ténis, com ténis não posso usar vestidos (a minha farda oficial do verão) e com ténis os vestidos não ficam bem. Enfim, um drama.
Não foi muito dificil convencer a minha mãe, a minha irmã também achou boa ideia e lá pelas 6.30 (quando cheguei a casa) rumámos com destino ao Seaside.
M-E-D-O
Carros vindos sabe-se lá de onde. Condutores stressados gritavam pelas janelas. Um calor descomunal, t-shirt colada às costas e a vontade de comprar sapatos, que já de si era pouca, muito pouca, ficou reduzida a nenhuma. Depois de algumas infracções e do carro estacionado, pudemos respirar de alívio e atacarmos a árdua tarefa de arranjar sapatos para o nosso pé de Cinderela.
Desta vez não houve o problema dos números, haviam os nossos. Não percebo é o que se passa com os sapatos. Eu queria apenas umas sabrinazinhas de pano (por causa dos calcanhares), ou daqueles sapatos de cunha que parecem que têm umas cordas, também de pano. Simples, não é? Mas experimentei três pares de sabrinhas e em todas os meus dedos ficavam nada sensualmente comprimidos contra a biqueira do sapato. Porque raio não fazem os sapatos menos decotados é que não percebo. Desisto e vou ver os outros. Pior! Os de jeito (e nem eram lá muito giros) eram caríssimos e os outros de salto alto. O mesmo se passava com as sandálias. As pessoas que fazem o design dos sapatos claramente nunca correram para apanhar o comboio. Claramente. Ou então são homens. Homens não-travestis e que jamais se mascararam de mulher no Carnaval...
Desanimadas, tivemos a brilhante ideia de ir aos armazéns da Serra das Minas. Depois de 15 minutos a tentar sair do Retail Park (chama-se assim, certo?), a estrada estava cortada. CORTADA! Perguntei ao Policia porque raio fecharam a estrada. "Operação Stop". "Sim, está bem, mas operação stop é nesta estrada, não nessa". "Sim, é para obrigar as pessoas a passarem na estrada da operação stop". O quê?! Cortaram uma estrada para não terem de meter outro carro patrulha da polícia? Está tudo louco? Quando conseguimos virar batemos palmas de contentamento. Ficou tudo a olhar para nós, mas o que importa? Ninguém tem destes dramas... Claro que depois de mais 15 min às voltas (perdemo-nos, nunca tínhamos ido por ali) quando chegámos aos armazéns eles estavam fechados. Tinham fechado às 19.30h. Eram 19.32h.
Enfim.
Conclusão: Ao fim do dia, estou sem sapatos, com um ódio visceral aos polícias (e tenho um em casa) e sem vontade nenhuma de voltar a meter os pés numa sapataria. Não percam as cenas dos proximos capítulos...

2 comentários:

  1. OH MEU DEUS!
    Se soubesses o quando me ri a ler isto!
    Típico de sua excelência! :P
    E só de imaginar ainda me ri mais!

    Adorei, e passo a citar: "os meus dedos ficavam nada sensualmente comprimidos contra a biqueira do sapato" XD
    e muitas mais como: "O quê?! Cortaram uma estrada para não terem de meter outro carro patrulha da polícia?" e o teu típico "M-E-D-O"!

    ai santa! LOOL :P ADOREI.
    adoro-te
    Depois avisa se a Cinderela já arranjou o sapatito ;D

    PS: tens um assento no 'a' que não deveria de lá estar na terceira linha! ;) sempre às ordens!

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  2. Agora fiquei com vontade de ir comprar sapatos. Bolas!
    Para o Guimarãaaaes! \o/

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