Descobri à tarde, por uma amiga, que hoje se celebrou o dia do abraço e, claro, não podia deixar passar em branco o dia de uma das minhas atividades preferidas (a seguir a conversar!).
Pouca coisa me sabe tão bem como um abraço, daqueles espontâneos, na altura certa e vindos de pessoas de quem eu gosto. Adoro quando os miudos começam a perceber a função social do miminho e do abraço e nos dão abraços espontâneos em vez de correrem no sentido oposto quando lhes perguntamos se lhes podemos dar um beijinho.
Há toda uma palete de abraços à escolha, e eu sinceramente gosto de todos. Vi esta imagem há tempos numa página de banda desenhada (também tenho as minhas pancas) e achei que valia a pena encher mais um bocado o disco do meu pc guardando-a:
Com base nisto, decidi fazer uma lista dos meus 10 abraços preferidos ou que considero mais comuns e baptizá-los:
O chegada-ao-aeroporto: Chamei-o assim porque normalmente acontece na parte das chegadas do aeroporto (ou nas chegadas em geral), e é mesmo dos meus favoritos. Acontece todos os dias várias vezes na Portela - é um espectáculo bonito de se ver, se quiserem matar umas horas à tarde aconselho vivamente. É aquele em que, depois de horas à espera em frente à porta das chegadas/ à espera que a mala venha, vemos a pessoa querida, largamos as malas e vamos a correr um para o outro. Normalmente, este é dos abraços mais longos e às vezes vem acompanhado por algumas lagrimitas, se forem mais dados a choradeiras. À vezes, engloba o espalhafatoso.
O espalhafatoso: Toda a gente tem um amigo espalhafatoso, que fala de modo espalhafatoso e, claro, que gosta de dar abraços espalhafatosos. Este abraço costuma vir acompanhado por um grito inicial (normalmente o nosso nome ou alcunha...) e vem acompanhado de palmadinhas nas costas e, às vezes, pela acção de nos pegarem ao colo e rodopiarem.
O balancé: Neste abraço, as duas pessoas envolvidas balançam para a esquerda e para a direita, como o pêndulo de um relógio. Às vezes, os pés acompanham o movimento (e, se tiverem uma irmã como a minha, também vem acompanhado de sons)
O MPnP ( ou mãozinhas pequeninas no pescoço): Este é dado pelas crianças, naquela fase abençoada em que nos dão abraços apenas porque sim. Normalmente, pedem-nos colo primeiro e depois apertam-nos o pescoço com as suas mãozinhas pequeninas. Poucas coisas sabem tão bem como esta :') Outra versão é não chegarem ao pescoço (e já estão demasiado grandes para pudermos com elas ao colo) e estreitam-nos as pernas ou enterram a cara na nossa barriga.
O festinhas: este é aquele normalmente dado nas alturas mais tristes, e é um abraço pouco apertado, mas com direito a festinhas nas costas. Normalmente dado pelas mães, namorados(as) ou amigos íntimos Tem como efeito secundário adormecer-nos... :)
O apertado: este é muitas vezes o preferido das avós (ou do meu primo David...), que é aquele abraço que nos deixa sem respirar por uns segundos e nos faz crer que partimos uma costela ou que nos vão sair os olhos pela testa.
O à-homem: é o abraço que dou mais vezes e que já fez um amigo perguntar-me porque dava abraços à homem, daí o nome. É o abraço normal, com a adição de palmadinhas mais ou menos vigorosas nas costas. Se fores um homem a sério (e não apenas interior, como no meu caso!) podes gostar de começar este abraço com um aperto de mão.
O abraço-à-tábua: Quando dás abraços a uma pessoa mas a pessoa insere-se numa ou mais destas condições:
a) não gosta de abraços
b) não gosta de ti
c) não gosta do mundo em geral
d) é um miúdo que ainda não chegou à fase MPnP mas que é obrigado a suportar o teu abraço
É um abraço unilateral, acompanhado ou por um aperto frouxo ou por braços perpendiculares ao tronco. Dá-te a sensação de estares a abraçar um bloco de cimento ou uma tábua, qual Rose no fim do filme Titanic.
O consequências-trágicas: acompanha muitas vezes o espalhafatoso ou o MPnP. As consequências são, normalmente, cair de rabo no chão (principalmente se for um abraço recebido de costas, ou quando estamos de cócoras) ou as pessoas à nossa volta aproveitarem para fazer um moche ou nos abraçar também e formar o...
... abraço do fim do campeonato/dos guerreiros vencedores: de três pessoas ou mais. Normalmente, começa com três e vai crescendo perigosamente. É acompanhado frequentemente por saltinhos e/ou uma música de guerra. Acontece frequentemente em acontecimentos desportivos ou que mereçam comemoração (aniversários, nascimentos, fim de teses, sair a lotaria, vencer uma batalha...).
Loool, só tu para fazeres um post sobre abraços! Os meus abraços preferidos são aqueles que eu consigo evitar! hehe... portanto imagino que quando sou abraçado, deve ser um "abraço-à-tábua", se bem que tento dar umas palmadas nas costas de quem sufoca o meu espaço pessoal com os braços... lol
ResponderEliminarÉ que o teu abraço é um abraço diferente, é o "abraço-à-Hélder" :P
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