17 de julho de 2010

Férias, dizem eles


Eu adoro Férias, é verdade. Passo o ano inteiro á espera que elas cheguem. Conto os meses, depois as semanas e depois os dias que faltam para que possa dizer "Estou de férias!" e tudo isto acompanhado por um grande suspiro de alívio e alegria. E, teoricamente, estou de férias há quase um mês (só começaram de verdade quando acabei os exames). Mas na prática não se passa nada disto.

Que raio de férias são estas?



Em primeiro lugar, continuo no Cacém, quando habitualmente já estou a milhas daqui por esta altura. No Cacém nunca se está de férias, nunca me sinto em férias, com cacénsences trombudos e atarefados que não parecem saber sequer o código da estrada e que nos dificultam até a simples tarefa de atravessar uma passadeira.

Depois, para mim férias é sinónimo de levantar tarde (note-se que para mim tarde é depois das 10.30, menos que isso é madrugada) e hoje foi o primeiro dia desde que estou de férias que consegui acordar a uma hora decente (ou seja, quando estáva a tocar a sirene do meio-dia).

Mas para além de me levantar cedo e continuar no Cacém, o que me está a irritar deveras é este tempo. Hoje até está bonzinho, mas têm estado uns dias que mais parecem primaveris que estivais, com neblina matinal, vento, frio (25ºC é calor desde quando?) e, se o S. Pedro estiver com a telha, chuviscos como os que apanhei ontem às oito da manhã.

Se eu já tivesse a carta (e carro, já agora, nem que fosse um com o pára-choques amolgado e que parecesse que já ter feito a guerra), podia pegar em mim, nos meus pés e no meu mau humor e ir dar uma voltinha por aí, sei lá, nem que fosse a voltinha dos tristes até à Boca do Inferno, a Mafra, a S. João das Lampas, ou até ao Sobreiro, quem sabe, ver aqueles bonequinhos de barro que mexem e onde se vende pão com chouriço.

Apetece-me ir de férias!

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