1 de maio de 2011

O Fio da Navalha

Não sei como é a vida de estudante, e a minha em particular, que só no último dia de férias é que tenho tempo para publicar...
Em tempos idos, aquando a minha primeira publicação deste blogue, a minha ideia era fugir às conversas de chacha e escrever alguma coisa de valor para a humanidade. A minha ideia era escrever sobre os livros que lia e os filmes que via, de forma a formar um género de tertúlia. Seria interessantes, discussões acesas sobre filmes e livros e tal. Pois era, mas ao longo de quase um ano de existência fiz apenas quatro publicações nesse sentido: esta e esta, sobre filmes, e esta e esta, sobre livros, e este blogue foi-se tornando, a pouco e pouco (ok, foi logo assim que foi criado) numa coisa pública para alimentar o meu ego e falar sobre mim e, principalmente, dos assuntos da treta (os meus preferidos). Ou seja, uma espécie de conversas-de-chacha II. O que não tem mal nenhum, o blogue é meu, falo do que me apetecer.
Mas hoje tive vontade de escrever sobre o meu livro favorito, que já li e reli pelo menos três vezes e que acabei de reler (acho que pela quarta vez) anteontem à noite.
Este livro tem uma história engraçada: na festa da terra do meu pai (desculpem, da terrinha, há a terra e a terrinha do meu pai), a minha prima Inês tinha um monte de livros para a quermesse e eu andei lá a ver se encontrava algum que me interessa-se. E interessaram dois: o Fio da Navalha e a Terra Bendita, ambos muito velhos e cujos autores eu não conhecia e pressumia que fossem daqueles escritores caga na calcinha, sem importância nenhuma (o autor do Fio da Navalha é Sommerset Maugham, que depois vim a descobrir ser um importante dramaturgo e romancista inglês, e da Terra Bendita Pearl S. Buck, que ganhou um prémio Nobel. Oops...). Como era de mau tom levar os dois, escolhi o que me pareceu mais interessante, o da Terra Bendita (que por sinal é um excelente livro, já o li milhentas vezes também). No dia da festa o livro O Fio da Navalha calhou nas rifas ao meu primo Xico, que acho que nem sabe ler, e que me deu quando se apercebeu que eu estava interessada. Interessante que o meu livro favorito, que já se encontra depenado e dividido em três de tanto ser velho e de ser lido, ter-me sido literalmente "calhado na rifa"...

Pois bem (divago demais...), eu não gosto muito de revelar as coisas sobre filmes e livros (a ponto de muitas vezes não ver trailers ou ler contracapas para não me estragarem a supresa), mas posso sizer que o livro é sobre um homem, de seu nome Larry (que imagino como sendo muito giro) que procura o sentido para a sua vida, nomeadamente a busca de Deus. Contudo, o livro é um romance, e fala sobretudo das desventuras de uma familia, de amores trocados, desgraças pessoais e familiares, enfim, descreve como nunca vi descrito em mais livro nenhum  o que julgo imaginar ser a verdadeira essência da espécie humana. É uma história real, apesar do autor ter mudado os nomes, é bastante intimista e adoro livros escritos na primeira pessoa. É um livro que mantém uma pessoa presa e apaixonada do principio ao fim, e que nunca me canso de ler. Não vou tentar escolher a minha frase favorita, porque são tantas que estaria num dilema, e também porque isso tiraria um pouco da graça de ler este livro.
Bom, conselho (odeio dar conselhos, mas desta vez vai mesmo um): Leiam-no. Mais não seja para dizer que não gostam, como a minha irmã.

P.S. Só vi este livro à venda uma vez, na FNAC, para aí em Janeiro ou Fevereiro. A capa era sumariamente feia, o que demonstra mais uma vez que uma capa menos bonita pode esconder uma obra verdadeiramente maravilhosa.

NOTA: Depois de publicar o artigo, fui ver de facto o livro ao site da FNAC e vi-o lá com uma capa ainda mais horrosa do que quando o vi "ao vivo e a cores". Dois homens, ou um homem e uma mulher, não se vê bem, com a cabeça destombilhada numa mesa de café. MEDO. Não sei que parte de que livro esta imagem ilustra, mas não é deste de certeza!

1 comentário:

  1. Anouska!
    Ja devo ter mencionado que considero que os teus posts com "assuntos da treta" com sendo os melhores, se já mencionei, fica aqui repetido. Não li nenhum dos livros que mencionaste, de certa forma também não costumo ler livros (já agora, os meus favoritos são os "calvin and hobbes", e ainda por cima têm desenhos à volta das palavras... loool). Contudo, assim que a minha vida de estudante o permitir, vou ver se sigo o teu conselho e leio o fio da navalha, para gostar, claro! xP

    Diverte te até não poderes mais...

    P.S. só para adicionar informação, "O fio da navalha" está disponível na FNAC online por 15,90€ e tens razão, a capa podia ser mais apelativa... lol

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